Dados e IA: por que esse paradoxo ainda existe?
Mesmo sendo um percentual expressivo para aquela altura, apenas 20% a utilizavam no dia a dia. Em 2024, o cenário mudou. A pesquisa "The state of AI in early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value", realizada pela McKinsey, mostrou que 72% das empresas do mundo já adotaram essa tecnologia.
O crescimento é expressivo. No entanto, mesmo com a IA já sendo uma realidade e amplamente valorizada, os paradoxos continuam existindo. É aquela coisa: ao mesmo tempo em que há percepção dos ganhos que essa tecnologia proporciona, sua plena adoção enfrenta desafios.
Ou seja, as organizações já utilizam a ferramenta para automatizar tarefas e gerar insights, porém, para que desempenhe um papel como apoio à transformação digital, é preciso enxergá-la como mais do que uma solução tecnológica pronta.
Até porque, o problema não está na capacidade dos algoritmos, mas na fundação sobre a qual eles são construídos. Isso é entre as razões que justificam essa desconexão, está o descompasso entre a velocidade de adoção da IA e a lentidão na melhoria da infraestrutura de dados.
Há, ainda, a falta de governança e alinhamento estratégico, bem como a real compreensão de que o diferencial competitivo está na capacidade de customização e não na ferramenta em si.
Por isso, mais do que adquirir o uso da IA, é preciso ter em mente que novas tecnologias envolvem mudanças de mentalidade, hábitos, cultura e, sobretudo, governança.